segunda-feira, 9 de julho de 2012

Sonhos

Ainda esses dias, falei sobre os meus pesadelos. Com a permissão (concedida, meritíssimo!) de me auto-copiar:

"Sofro de pesadelos desde que me lembro. Na verdade, eu raramente sonho - conto nos dedos de uma mão todos os sonhos que tive, excluídos os pesadelos, entre recorrentes e totalmente novos e inéditos..."

Bom, descobri que isso nem é verdade. Eu só consigo lembrar de três sonhos que tive nos últimos dez anos. 


O primeiro, de algum ponto entre 2005 e 2007, gerou a História em Quadrinhos que foi minha última postagem. Sim, eu sonhei em quadrinhos. A história toda, sete páginas. Aqui está a "história por trás da história" (e mais alguns detalhes), apesar da HQ completa só aparecer na minha postagem anterior, como eu disse.

Nessa época, eu estava sozinho, e não estava em uma boa fase de leitura, que só começou algum tempo depois. Então não faço ideia de qual foi o gatilho.

O segundo sonho que me lembro é uma imagem, de uma mulher, a minha namorada na época, em algum ponto em 2010. Lembro de acordar chorando por ter tido aquele sonho. Foi tão bom! Um sentimento de paz e uma tranquilidade me invadiram por dias depois daquilo. Era só uma imagem, dela, sentada em uma poltrona, lendo, numa sala cor de creme, usando um vestido branco, meio transparente. Uma luz difusa entrava na cena por uma janela de cortinas (também cor de creme)  que deixava a silhueta dela marcada. A cortina e o vestido as vezes se moviam com uma brisa muito leve, e as vezes ela virava as páginas e movia a cabeça, lendo. Ainda pretendo fazer um quadro dessa imagem, assim que tiver uma modelo adequada.

O terceiro sonho que recordo me veio ontem. Depois de uma longa conversa telefônica, peguei no sono muito cedo. E me veio esse diálogo, entre pai e filho. Não foi exatamente em quadrinhos, como da primeira vez, mas era quase. Havia algum movimento, mas era pouco. Passei a tarde de hoje fazendo o storyboard - já com diálogos - do que se mostrou uma boa HQ. Não sei se ótima, mas boa, certamente. É um diálogo conciso, que faz sentido.

Acredito que o que gerou esse sonho foi essa minha vontade imensa de ser pai. E uma pequena esperança de que isso ainda aconteça, um dia. Não tenho certeza.

O fato é que a história está aqui, agora, pronta pra ser desenhada. 28 páginas. Uma promessa de um novo projeto. Algo pra me manter ocupado nas horas de ócio entre um trabalho e outro. Uma história que eu não vou deixar que o tempo estrague, como a última.

É muito bom me sentir inspirado novamente!

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