terça-feira, 26 de abril de 2016

First King of Shannara

Mais uma audio book da série Shannara, pra engrossar a lista de livros "escutados" ao invés de lidos e também para aumentar o número de livros do cenário de Shannara!

Depois de ler a trilogia original de Shannara (the Sword of shannara, The Elfstones of Shannara e The Wishsong of Shannara) eu tinha decidido escutar os outros livros em ordem cronológica. Comecei com a fraquíssima trilogia The Word and The Void, depois segui para Genesis of Shannara e como não consegui achar as séries Legends of shannara e Paladins of shannara, acabei indo pro próximo livro da lista, First King of shannara.

Esse livro explica o que aconteceu durante a segunda guerra das raças (a primeira, pelo que eu pude entender, aconteceu na série Legends of Shannara), cujos eventos irão repercutir na trilogia original. Também explica como a ordem de Druidas acabou se reduzindo só à Allanon, e como Jerle Shannara conseguiu derrotar mas não destruir o Warlock Lord - que, na série original, é o grande Lorde Negro do Mal.

Temos uma série de personagens bem interesantes nesse livro. Os poucos Druidas que restam são bem aprofundados, e eu gostei particularmente de como Bremem, o "pai" de Allanon, é descrito. Jerle, o grande cara fodão e detentor da suprema Espada de Shannara, no entanto, é o personagem mais fraco do livro. Mas, como todosa sabemos que ele está fadado ao fracasso - ao menos parcial - eu admito que não me importar muito com ele. Além dos dois, temos um druida anão e um elfo, e uma jovem humana aprendiz de Druida com poderes mágicos intrínsecos que também é bastante interessante. Gente suficiente pra manter o leitor interessado na história.

A trama se inicia mais ou menos linear, mas o grupo acaba se separando depois de algum tempo e voltamos à famosa fórmula de Terry Brooks de descrever várias tramas separadas interligadas depois dos primeiros capítulos. Alias, tenho que dizer, a escrita de Brooks melhorou notavelmente da trilogia original pra esse livro. As descrições são mais vívidas, as tramas mais coesas e algumas cenas definitivamente vão me acompanhar por um bom tempo - a forja da Espada de Shannara é particularmente preciosa! Definitivamente um excelente exemplo de boa leitura de fantasia.

Esse livro trata de amarrar as pontas soltas e os pequenos mistérios não explicados na trilogia original de modo magistral. Não temos nenhum tipo de forçada de barra pra manter a trama, nenhuma situações Scooby-Doo e nenhuma escorregada oportuna por qualquer dos personagens. É uma história sólida e concisa, que funciona de modo absolutamente perfeito dentro de sua simplicidade.

Como gosto muito de ler as coisas na ordem cronológica - e por saber que o primeiro livro da trilogia original é um tanto quanto "Senhor dos Anéis" - sugiro fortemente que novos leitores da série de Shannara comecem por este livro. Vale muito a pena, e não estraga a diversão dos lvros originais - pelo contrário, adiciona alguma substância interessante à eles!

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Azincourt

Mais um livro adquirido lá pros lados da Montecristo - que, afinal, além de bom café e excelente conversas também me rende livros volta e meia, sendo, afinal de contas, uma livraria! - que me proporcionou um punhado de "pequenas histórias" além da trama do livro em si. A primeira delas diz respeito à própria compra do livro: enxerguei o livro na prateleira, agarrei ele afoito, avisei o pessoal que ia levar e sentei no pátio da livraria pra começar a ler, acompanhado de café e cigarros. Depois de ter lido umas poucas páginas, fui surpreendido pela chegada de algum conhecido - não lembro mais quem era, exatamente - e me engajei em uma conversa que se desenvolveu ao longo da tarde. Em um determinado momento da conversa, uma garoa fina caiu, nos obrigando a recolher nossos pertences - inxcluindo o livro, que foi pro fundo da minha mochila - e voltar para as dependências cobertas da livraria. Ao final da tarde, paguei meus cafés, e saí, feliz e contente, de volta pra casa.

Só dois dias depois, quando fui ver o que era o peso dentro da mochila, é que reencontrei o livro e me dei conta que não havia pago ele! Sem internet nem créditos no celular, o livro ficou mais de uma semana me olhando de cima da prateleira com ar de culpado. Como não tinha pago o livro, eu não me senti confortável pra ler, por um desses sentimentos bobs que a tal consciência nos trás.

Eventualmente, claro, fui de volta à Montecristo, expliquei a coisa toda - que obviamente não teve nenhuma repercussão além de algumas rizadas -, paguei o livro e finalmente minha consciência me deixou ler o bastardinho!

O livro, como o próprio nome já diz, trata da batalha de Azincourt (ou Agincourt, como também é grafado o nome da batalha) além de dois outros cercos que ocorreram logo antes da dita batalha, no ano de 1415, durante a guerra dos cem anos.

Ah, antes que eu esqueça, aquele aviso amigo: Adiante, revelações sobre a trama adiante! Claro que, nesse caso, não há grandes revelações, já que a batalha que dá nome ao livro e os dois cercos descritos m suas páginas são acontecimentos históricos bastante documentados, mas enfim, não custa avisar.

O livro segue os passos do arqueiro e guarda-caça inglês Nicholas Hook, cuja rixa familiar com relação aos Perril (e um incidente envolvendo o estupro de uma jovem lollarda) acaba por tornar o arqueiro um fora-da-lei, o que faz com que se torne um arqueiro mercenário que se une às tropas enviada para proteger a cidade de Soissons, na Borgonha, contra uma invasão francesa. Os franceses invadem a cidade e a tomam com facilidade, e as atrocidades cometidas contra a população é absolutamente chocante - particularmente considerando que os moradores de Soissons eram eles próprios, franceses!

Hook escapa com vida dessa batalha quase "por milagre", depois de salvar uma freira de ser estuprada. Ele eventualmente consegue retornar para terras inglesas, onde relata o que viu no cerco - incluindo a traição pelo lorde inglês responsável pela proteção da cidade - e acaba caindo nas graças de sir John Cornewaille, que o torna membro de sua companhia de arqueiros. Sir John e o exército real rumam para a frança em uma capanha para conquistar o reino, iniciando com o cerco ao porto de Harfleur.

Esse trecho do livro, assim como sua aquisição, me rendeu algumas pequenas histórias interessantes, graças à uma série de coincidências entre a trama do livro e acontecimentos ao meu redor. No livro, a campanha para tomar Hanfleur começa mal, com a região inundada por chuvas fortes, enquanto aqui tivemos uma época de chuvas constantes, também, incluindo uma pequena tempestade que causou alguns estragos consideráveis. Enquanto Hook derrubava arvores para preparar uma porca (um túnel feito sob as muralhas de uma cidade, construída para ser destruída e assim colocar a muralha em sí abaixo) eu cortava árvores caídas no meu pátio. Depois, uma doença atacou o exército inglês com um surto de diarréia, enquanto eu me encontrava às voltas de um entupimento na caixa de esgoto da minha cozinha. Hook cavava a porca em meio à um lamaçal fedendo à esgoto no livro, enquanto eu cavava meu pátio em meio ao lamaçal fedendo à esgoto aqui em casa. Quando, depois de semanas de cerco Hanfleur se entregou aos frances, aqui eu finalmente consegui desentupir minha caixa de gordura.

Depois desse cerco, que durou mais tempo do que os ingleses previam e que acabou reduzindo drasticamente o exército por conta da doença, fome e das pequenas batalhas em si, o rei Henrique decide, contra todos os conselhos em contrário, marchar para Calais ao longo da costa, numa demonstração de soberania - e também numa demonstração de despeito com relação à coroa francesa.

O exercito maltrapilho de Henrique, no entanto, acaba por ser interceptado pelo imenso exército francês - que, dependendo do historiador, varia de 2 à 8 vezes o tamanho do exército inglês. Além de menor, o exército inglês está cansado depois do lamentável cerco á Hanfleur e não tão bem equipado quanto o exército francês, que conta com uma vasta cavalaria muito bem protegida contra os arqueiros ingleses dentro de suas armaduras completas.

A batalha, que ocorre próximo ao pequeno castelo de Azincourt. As chuvas lá (e aqui) tornaram o terreno recém arado (ou recém escavado aqui) um lamaçal difícil de ultrapassar (lá por chegar à altura das canelas, aqui por tornar o terreno instável e escorregadio). Os franceses, sabendo que o faminto exército inglês precisava passar por eles para chegar à Calais, permanece estacionado e permite que os arqueiros ingleses se aproximem à distância de tiro. A enorme primeira onda de ataque francês é destroçada pelas flechas inglesas, mesmo protegido por armaduras completas, por conta do terreno difícil que impede que seus cavalos se movam com eficiência. A segunda leva, a pé, passa por dificuldades não só com o terreno, mas também para vencer os novos obstáculos apresentados na forma dos cadáveres de centenas de cavalos e cavaleiros mortos, e chega às linhas francesas cansado e fragmentado, sendo chacinado com facilidade pelos arqueiros surpreendentemente bem treinados em combate corporal e a pequena tropa de homens-de-armas ingleses remanescente. Os franceses desistem de lançar uma terceira onda de ataque contra os ingleses, cujos arqueiros já sem flchas, começam à recolher projeteis entre os mortos franceses. Assim, a batalha de Azincourt é entregue aos ingleses, contra todas as chances - enquanto aqui, eu ainda preciso lidar com o terreno lamacento, instável e escorregadio do meu pátio, pelo menos até que as chuvas dêem uma folga...

Preciso admitir que a batalha de Azincourt, na verdade, apesar de ser o climax do livro, me deixou decepcionado. Cornwell foca a maior parte do livro no cerco à Hanfleur, e a parte do livro destinada à descrever a batalha de Azincourt é surpreendentemente curta, apesar de emocionante - particularmente porque se foca em quatro personagens concorrentes: Hook, na ala dos arqueiros, sir John entre os homens-de-armas ingleses, Lanferelle entre os atacantes franceses e Melisande (a freira que Hook salvou durante o cerco de Soissons e que posteriormente se tornou sua esposa) às voltas com a retaguarda do exército inglês. Apesar disso tudo acontecendo, a descrição da batalha é breve, e termina de forma um tanto... Abrupta, eu diria.

Apesar de ter sido o menos inspirado livro de Cornwell que eu li até agora, Azincourt é um livro interessante, contando com retratos distintos de batalhas históricas feitos, como é costume do autor, de modo eficaz.

Hook, o protagonista, no entanto, é um personagem pouco atraente, exceto, talvez, por ser doido de pedra - ele passa o livro todo ouvindo "vozes" que ele considera serem de santos e até mesmo de Deus! Um toque interessante na narrativa, devo admitir, mas fora isso, nosso "herói" é o protagonista mais apagado de todos os livros de Cornwell que li até agora. Por sorte temos Sir John com sua brutalidade verborrágica e o padre Chistopher com sua visão crítica sobre o mundo ao seu redor para nos mantermos entretidos.

Além disso, as pequenas curiosidades históricas sempre presentes nos livros de Cornwell, sua narrativa concisa e afiada, suas descrições cruas das batalhas e sua pesquisa de fatos históricos sempre bastante pertinente valem uma indicação de leitura fortemente indicada para este livro!

domingo, 24 de abril de 2016

Genesis of Shannara

Assim como fiz no caso de The Word and the Void, decidi resenhar os três livros que compõem a trilogia conhecida como  Genesis of shannara em uma única postagem, apesar de nesse caso o motivo ser mais simples: a história dos três livros é, dessa vez, uma coisa só, e os livros não podem ser lidos separadamente, como poderia acontecer em The Word and the Void.

As histórias contidas nesses três livros se passam alguns anos depois dos acontecimentos narrados em The Word and the Void - não lembro se datas ou tempo específico é mencionado, mas eu imagino algo em torno de uns 50 à 70 anos depois. O cenário aqui, no entanto, não é nada familiar: O mundo está em um estado pós-apocaliptico, depois que uma guerra nuclear de proporções globais acabou com a civilização como a conhecemos, e deu início à uma série de "novas civilizações", incluindo sociedades de mutantes, seres criados pela radiação nuclear em algumas áreas e por misteriosas pragas que, posteriormente, assolaram o planeta.

Os livros seguem várias linhas distintas, que vão se afunilando e se cruzando. Temos um grupo de crianças que vivem no que restou da cidade de Seattle, fora dos Compounds (que são grandes fortificações dentro das cidades, geralmente erguidos em grandes estádios, onde a maioria das comunidades do cenário se concentram) em sua luta pela sobrevivência, dois Cavaleiros da Palavra, Angel e Logan Tom, cada um com sua cruzada particular, e ainda a comunidade de elfos de Cintra.

Os tais elfos de Cintra são os responsáveis por manter a Elcryst, uma árvore mágica que mantém os demônios exilados da nossa realidade depois de uma guerra terrível que foi travada milênios atras - apesar de um monte de demônios ainda estar solto no mundo, sendo, aparentemente, uma "nova linhagem" de demônios, coisa que não é explicada em momento algum e causa uma certa confusão e me deixou com uma desconfiança muito grande com relação à imaginação do senhor Terry Brooks com relação à antagonistas pra suas séries... - enquanto as crianças da Tribo Fantasma estão só tentando sobreviver, sem saber que seu lider, Hawk, é na verdade uma poderosa entidade mágica, enquanto os dois Cavaleiros da Palavra possuem missoes distintas - Angel é incumbida pala Palavra de avisar os elfos de Cintra que os demônios (os novos, não os antigos) irão destruir a Elcryst, e portanto eles precisam mudar a árvore de lugar, enquanto Logan Tom é mandado em busca do Gypsy Morph - na verdade Hawk, lider dos Fantasmas - para que ele faça esse "translado" da árvore.

Essa série faz a ligação entre The Word and the Void e os livros posteriores da série de Shannara, e, apesar de não ter a "cara" do resto da série - já que e um livro de pós-apocalipse com pitadas de magia, enquanto o resto dos livros, com exceção da série The Word and the Void são livros de fantasia pura - e ter elementos que existem só nessa e na série anterior (como feeders, Cavaleiros da Palavra e demônios de segunda) ele tem também elementos que vão aparecer nos outros livros da série, como o King of the silver River, uma poderosa entidade que vai aparecer em alguns livros posteriores, a presença da elcryst, que é central na trilogia original de shannara e, claro, elfos, que vão permear todos os livros seguintes da série. É uma série interessante como elo de ligação entre a trilogia The Word and The Void e o resto da série de livros, mas como The Word and The Void é uma série sumamente desinteressante, acaba não sendo uma leitura obrigatória - de fato, os livros, apesar de terem uma série de diferentes tramas distintas (ou talvez por conta disso) são bastante chatos.

Assim como no caso de The Word and the void, não aconselho a leitura desses livros. Eles são muito desligados da série de Shannara para terem algum interesse verdadeiro, e não têm grandes qualidades por si só.

sexta-feira, 22 de abril de 2016

The Word and the Void

Na verdade, The Word and the Void não é um único livro, mas sim três livros separados (running with the Demon, A Knight of the Word e Angel Fire East), mas decidi fazer uma resenha para toda a trilogia por três motivos: Primeiro, a história dos três livros é basicamente uma coisa só (apesar dos três livros terem um lapso de tempo entre eles e eu crer que é possível ler cada um deles separado dos demais sem maiores problemas) com os mesmos personagens em todos os três livros (incluindo protagonistas e "elenco de apoio"), também por eu ter escutado os três audiobooks na sequencia um do outro - tendo terminado Running with the Demon eu comecei a escutar A Knight of te Word no mesmo dia, e o mesmo aconteceu com Angel Fire East - e finalmente porque as histórias contidas em cada um dos livros não é la grandes coisas, pra ser honesto, e eu não creio que teria paciência pra resenhar cada um separadamente.

O promeiro livro, Running with the Demon, gira em torno de Nest Freemark, uma guria de 15 anos com poderes mágicos e de Pick, um "sylvan" (um tipo de gnomo protetor da natureza, feito de algum tipo de substância vegetal) enquanto protetores do parque Sinissipi (não faço idéia de como se escreve o nome do parque; eu só escutei o livro, afinal de contas!). A história se passa nos cinco dias que antecedem o quatro de julho de um ano próximo à virada do milênio - mas temos uma série de problemas de cronologia aqui; um dos personagens secundários do livro é um ex-combatente da Guerra do Vietnã, mas em um dado momento do segundo livro Nest estã se preparando pra competir nas olimpíadas de Melbourne (que aconteceu em 1956) então não dá pra confiar muito nas datações... - e gira em torno do aparecimento de um demônio em Hopewell (a cidade onde Nest mora e onde fica o tal parque) com planos obscuros e do Cavaleiro da Palavra John Ross, cuja missão é destruir a criatura.

O segundo livro, A Knight of the Word se passa cerca de 4 anos depois, em Seattle, alguns dias antes do Halloween. John Ross, em algum momento entre este e o livro anterior falhou em uma missão como Cavaleiro da Palavra e decide "deixar o cargo". Mas um demônio decide alista-lo como uma das forças do Vazio, e assim, Nest Freemark acaba, relutantemente, sendo convencida pelas forças da Palavra à ir ajudar o Cavaleiro, indo à Seattle para descobrir o que aconteceu com Ross, tentar dissuadí-lo da idéia de abandonar o cargo e, consequentemente, enfrentar o tal demônio ao lado do Cavaleiro - tudo isso em alguns dias de férias de seus treinamentos para participar dos jogos olímpicos da Austrália.

O terceiro livro, que ocorre 10 anos depois do antecessor, lida com eventos previstos por John Ross em um sonho profético e sua caçada à um Gypsy Morph - um tipo de fenômeno extremamente raro que ocorre quando uma grande quantidade de magia se "aglutina" em um dado local, por um curto espaço de tempo. Depois de encontrar o tal fenômeno, que passa por uma série de transformações físicas (passando de uma revoada de borboletas de luz, um furão, um gato e outras criaturas) se transforma em um piá que só sabe dizer "Nest", o que leva nosso cavaleiro à procurar a senhorita Freemark - agora uma medalista olímpica reconhecida e aposentada - mais uma vez.


Apesar das histórias do segundo e terceiro livros serem interessantes - a do primeiro é puramente um "jogo de gato e rato" mágico sem muita coisa realmente acontecendo - eu admito que a narrativa dos livros me aborreceu. Eles são arrastados e não acontece lá muita coisa exceto uma sucessão de desinformações e pistas falsas que fazem os personagens andarem em círculos até que a história se resolva meio que "por acaso" no final. O final do terceiro livro tem algumas cenas interessantes, mas o demônio presente nesse livro faz um bocado de asneiras sem sentido que dão vantagens completamente sem sentido pros protagonistas - incluindo "poupar a vida" da Nest no final, num momento de extrema forçação de barra por parte do autor.

Outra coisa que me aborreceu profundamente nos livros é a presença de demônios. Vejam: Esse livro é, teoricamente, a "prequel definitiva" do cenário de Shannara. Nesse cenário, os demônios foram aprisionados milênios atrás, numa guerra entre forças não muito bem explicadas, e mantidos em sua prisão pela Elcryst, uma árvore mágica. Bom, essa tal guerra já aconteceu, e os demônios já foram aprisionados. No entanto, eles estão por aí, dando essa banda pelo mundo. Nenhuma explicação é dada sobre esses serem demônios que "escaparam" à toda-poderosa magia da Elcryst ou se são um novo tipo de demônio (cujo tempo de existência foi extremamente curto, já que eles não aparecem nos livros da trilogia original de Shannara). Achei essa parte extremamente confusa e honestamente desnecessária - eles pdiam pelo menos ter dado um nome diferente ´pros bichos. Sei lá, "devils", que fosse! Pelo menos pra diferenciar eles dos "outros" demônios. É demônio demais pra um cenário só...

Finalmente, temos ainda uma série de "coisas" que "sempre estiveram aí" e não aparecem nos livros posteriores (isto é, depois dessa trilogia e da próxima, Genesis of shannara), como os Feeders (coisinhas que se alimentam de dor e sofrimento e existem onde quer que hajam humanos) e as forças da Palavra (seus cavaleiros, a Lady of the Word [ou a Voz da Palavra] e as outras criaturas mágicas da palavra, como as tais Tatterdemalions).

Muita coisa "solta" pro meu gosto.

Apesar de ser uma "prequel" do cenário de shannara, definitivamente não indico a leitura (ou a "escutação") desses livros à ninguém.