quarta-feira, 20 de novembro de 2013

A Queda de Atlântida Volume 1 - A Teia de Luz

Comprei esse livro - e sua conclusão - pra dar de presente pra minha mãe, no aniversário dela esse ano - que é em 9 de março. Acabei esquecendo o livro dentro de uma caixa até mais de dois meses depois do aniversário dela. Pois é, eu não sou bom com aniversários...

Enfim, resolvi dar o livro de presente pra ela de natal, já que não funcionou no aniversário. Assim, como tinha tempo de sobra, resolvi ler o livro antes. Marion Zimmer Bradley não tem como ser ruim.

Ledo engano.

Basicamente, o livro é um romance com temas new-age entre a típica garota perfeita e o sujeito deformado, cego porém super gente fina, com teorias filosóficas babacas com super-sayajins enrustidos, além de uma irmã caçula ciumenta e muitos dramas familiares.

O livro tem duas ou três cerejas na cobertura e é recheado com uma trama fraca e melodrama escorrendo pelas bordas. Uma bela chatice.

Sim, ele tem um segundo livro que conclui a obra, mas eu não tenho muitas esperanças nele, apesar de ter dado uma olhada nas resenhas - só o fato dele ser focado em Deoris, a tal irmã caçula ciumenta, já me demove da idéia de ler o livro. Mas como eu sou um sujeito incapaz de deixar um livro pela metade, eu certamente vou ler o volume conclusivo da Queda de Atlântida. Mas vou precisar de alguma coisa pra desopilar, antes.

Não tenho uma opinião formada sobre a obra ainda, já que, até aqui, só li metade do todo. Mas a necessidade de uma pausa na leitura me fez escrever essa postagem parcial sobre a obra - pra que a leitura não esfrie na memória - e o fato desse primeiro volume ser sobremaneira chato e a história não ter avançado pra lugar nenhum me deixou bastante desesperançoso com respeito à conclusão.

Até aqui, esse foi o primeiro livro ruim que eu lí da Marion, e admito que isso me deixou bem chateado. Em geral, gosto muito de como ela escreve. Espero que o Tomo 2 seja bom. Veremos.

domingo, 10 de novembro de 2013

E de Espaço

E lá vamos nós com mais um livro de contos do senhor Bradbury!

E de Espaço poderia perfeitamente se chamar F de Futuro, ou, melhor ainda, T de Tempo. Não que não hajam algumas histórias sobre o espaço - A Crisálida é certamente um ótimo exemplo de história sobre o espaço! - mas a maioria absoluta das histórias narra distopias em um futuro ou passado distantes, algumas sem sequer mencionar qualquer coisa sobre espaço, foguetes, outros mundos ou qualquer coisa sobre o assunto - como O Pedestre, O Sorriso e Pilar de Fogo (este último, alias, uma exelente história sobre vampiros no futuro!).

É claro que, de forma alguma, isso reduz a qualidade dos contos do livro, apenas cria uma interessante discrepância entre o título e o conteúdo do livro. Mas, para aqueles que lerem o prefácio do livro antes de ir além, provavelmente vão notar que o livro se trata mais de uma época do autor do que uma coletânea de contos sobre um tema. O nome do livro não é mais do que incidental.

Dois contos desse livro - O Pedestre e O Piquenique de Um Milhão de Anos - também estão presentes em F de Foguete, e já andei dando uma olhada em outro livro de contos de Bradbury que comprei recentemente e notei que há naquele volume alguns contos repetidos também. Preciso tentar descobrir qual a lógica por trás da seleção de contos de cada um dos livros do autor...

Mas bem, sobre os contos em sí, temos aqui um pouco de tudo misturado de uma forma bem caótica. Alguns contos têm elementos de vários estilos diferentes da ficção científica "padrão", com pitadas de horror, algumas doses de sobrenatural aqui e ali e até o que poderia ser considerado como um documentário em O Bonde - uma história bastate possível e que deixa o leitor com gosto de nostalgia na boca. Além disso, é claro, temos os elementos mais comuns de Bradbury, com histórias sobre marte, viagens no tempo, visões do futuro e contatos com alienígenas em vários níveis diferentes. E até um conto de teor cristão, pra ter certeza que o livro é bem eclético!

A maioria dos contos me agradou, mas admito que a miscelânea generalizada me deixou um pouco desconcertado. Temas demais, misturados de forma não-linear demais pro meu gosto. Bom livro, mas certamente não tanto quanto F de Foguete.