sexta-feira, 8 de julho de 2011

Crônicas Saxônicas - O Cavaleiro da Morte


Comecei a ler o quinto - e último ao qual tenho acesso, ao menos por enquanto - livro das Cônicas Saxônicas de Bernard Cornwell. Como eu não lenho de maneira linear, como eu chamo, isto é, um livro, depois o outro, mas sim vários livros ao mesmo tempo, acabo tendo muito sobre o que escrever. Mas pra não acbar com todos os bons assuntos de uma só vez, vou "guardando" algumas resenhas para mais tarde, quando, talvez, em tempos de vacas magras, eu tenha algo bom pra colocar por aqui - e não deixe o blog às moscas por quatro meses...

Mas eu me dei conta que estou no quinto livro, e só postei aqui a resenha do primeiro! Bom, como as resenhas do segundo e terceiro estão aqui na minha área de trabalho me olhando, e eu preciso começar a escrever a resenha do quarto livro antes que eu misture a história dele com o quinto, é hora de publicar a resenha do segundo livro das Crônicas Saxônicas de Bernard Cornwell, intitulado "O Cavaleiro da Morte".

Admito que o título do livro eu ainda não entendí, mas enfim...

Diferente do primeiro livro, onde nosso protagonista, Uhtred, estava as voltas com sua identidade como saxão e sua simpatia com os dinamarqueses, nesse livro temos um personagem mais maduro, um saxão definido, que apesar de ter ainda um lado viking bem aflorado - é difícil perder velhos hábitos, afinal de contas... - já escolheu o seu lado do conflito.

E essa escolha, na verdade, é o que mais me incomoda no livro. Dando claros sinais de que o lado dinamarqês ainda é o mais atraente, Uhtred decide ficar ao lado do carolas Alfredo e defender as terras saxãs contra os terríveis "bárbaros" do norte. O livro tem uma quantidade exagerada de referências à fé católica, e parece, as vezes, que o autor está tentando catequisar o leitor.

Apesar de um excelente começo, e de uma batalha final épica, o miolo do livro realmente não me agradou. É um tanto quanto... Católico. Demais pro meu gosto. Anseio pelo próximo livro, na esperança - provavelmente vã, uma vez que o narrador Uhtred mais de uma vez diz no livro que, em sua velhice, ainda está sob as ordens de Alfredo, aquele chato! - de que Uhtred rompa com as correntes do cristianismo e volte para o lado dos dinamarqueses, fazendo guerra e saqueando no melhor estilo viking, preferencialmente sob a bandeira de Ragnar.

Pra finalizar esta resenha, uma última observação sobre alguns métodos de Cornwell: É louvável que ele tente fazer com que um leitor seja capaz de entender a história até aqui a partir de explicações de conceitos que foram detalhados no primeiro livro, bem como momentos em que Uhtred se refere a eventos que aconteceram no seu passado, permitindo à um leitor começar a ler as crônicas de Uhtred a partir desse livro, sem precisar ter lido o primeiro volume. No entanto, essa mesma tática me irritou um pouco ao longo do texto, justamente porque parecia que Cornwell se esforçava demais pra relembrar os eventos do primeiro livro. Espero que essa tendência narrativa se dissipe no decorrer dos próximos livros.

além disso, diferente do primeiro livro, este segundo volume das Crônicas Saxônicas termina com um óbvio "to be continued", que no primeiro livro não existia. O Último Reino é uma estória auto-contida, com início, meio e fim. Mas este aqui simplesmente não termina, mas sim abre caminho pra mais volumes da saga. Claro, é muito provável que alguém que leu o primeiro e o segundo livros saiba que existam mais alguns volumes pela frente, e que as Crônicas Saxônicas não terminam aí, mas ainda sim, esse livro me deixou com um certo gosto azedo de "blockbuster" na boca, que o primeiro não tinha deixado.

Enfim, um livro medíocre se comparado ao primeiro.

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