sexta-feira, 22 de abril de 2016

The Word and the Void

Na verdade, The Word and the Void não é um único livro, mas sim três livros separados (running with the Demon, A Knight of the Word e Angel Fire East), mas decidi fazer uma resenha para toda a trilogia por três motivos: Primeiro, a história dos três livros é basicamente uma coisa só (apesar dos três livros terem um lapso de tempo entre eles e eu crer que é possível ler cada um deles separado dos demais sem maiores problemas) com os mesmos personagens em todos os três livros (incluindo protagonistas e "elenco de apoio"), também por eu ter escutado os três audiobooks na sequencia um do outro - tendo terminado Running with the Demon eu comecei a escutar A Knight of te Word no mesmo dia, e o mesmo aconteceu com Angel Fire East - e finalmente porque as histórias contidas em cada um dos livros não é la grandes coisas, pra ser honesto, e eu não creio que teria paciência pra resenhar cada um separadamente.

O promeiro livro, Running with the Demon, gira em torno de Nest Freemark, uma guria de 15 anos com poderes mágicos e de Pick, um "sylvan" (um tipo de gnomo protetor da natureza, feito de algum tipo de substância vegetal) enquanto protetores do parque Sinissipi (não faço idéia de como se escreve o nome do parque; eu só escutei o livro, afinal de contas!). A história se passa nos cinco dias que antecedem o quatro de julho de um ano próximo à virada do milênio - mas temos uma série de problemas de cronologia aqui; um dos personagens secundários do livro é um ex-combatente da Guerra do Vietnã, mas em um dado momento do segundo livro Nest estã se preparando pra competir nas olimpíadas de Melbourne (que aconteceu em 1956) então não dá pra confiar muito nas datações... - e gira em torno do aparecimento de um demônio em Hopewell (a cidade onde Nest mora e onde fica o tal parque) com planos obscuros e do Cavaleiro da Palavra John Ross, cuja missão é destruir a criatura.

O segundo livro, A Knight of the Word se passa cerca de 4 anos depois, em Seattle, alguns dias antes do Halloween. John Ross, em algum momento entre este e o livro anterior falhou em uma missão como Cavaleiro da Palavra e decide "deixar o cargo". Mas um demônio decide alista-lo como uma das forças do Vazio, e assim, Nest Freemark acaba, relutantemente, sendo convencida pelas forças da Palavra à ir ajudar o Cavaleiro, indo à Seattle para descobrir o que aconteceu com Ross, tentar dissuadí-lo da idéia de abandonar o cargo e, consequentemente, enfrentar o tal demônio ao lado do Cavaleiro - tudo isso em alguns dias de férias de seus treinamentos para participar dos jogos olímpicos da Austrália.

O terceiro livro, que ocorre 10 anos depois do antecessor, lida com eventos previstos por John Ross em um sonho profético e sua caçada à um Gypsy Morph - um tipo de fenômeno extremamente raro que ocorre quando uma grande quantidade de magia se "aglutina" em um dado local, por um curto espaço de tempo. Depois de encontrar o tal fenômeno, que passa por uma série de transformações físicas (passando de uma revoada de borboletas de luz, um furão, um gato e outras criaturas) se transforma em um piá que só sabe dizer "Nest", o que leva nosso cavaleiro à procurar a senhorita Freemark - agora uma medalista olímpica reconhecida e aposentada - mais uma vez.


Apesar das histórias do segundo e terceiro livros serem interessantes - a do primeiro é puramente um "jogo de gato e rato" mágico sem muita coisa realmente acontecendo - eu admito que a narrativa dos livros me aborreceu. Eles são arrastados e não acontece lá muita coisa exceto uma sucessão de desinformações e pistas falsas que fazem os personagens andarem em círculos até que a história se resolva meio que "por acaso" no final. O final do terceiro livro tem algumas cenas interessantes, mas o demônio presente nesse livro faz um bocado de asneiras sem sentido que dão vantagens completamente sem sentido pros protagonistas - incluindo "poupar a vida" da Nest no final, num momento de extrema forçação de barra por parte do autor.

Outra coisa que me aborreceu profundamente nos livros é a presença de demônios. Vejam: Esse livro é, teoricamente, a "prequel definitiva" do cenário de Shannara. Nesse cenário, os demônios foram aprisionados milênios atrás, numa guerra entre forças não muito bem explicadas, e mantidos em sua prisão pela Elcryst, uma árvore mágica. Bom, essa tal guerra já aconteceu, e os demônios já foram aprisionados. No entanto, eles estão por aí, dando essa banda pelo mundo. Nenhuma explicação é dada sobre esses serem demônios que "escaparam" à toda-poderosa magia da Elcryst ou se são um novo tipo de demônio (cujo tempo de existência foi extremamente curto, já que eles não aparecem nos livros da trilogia original de Shannara). Achei essa parte extremamente confusa e honestamente desnecessária - eles pdiam pelo menos ter dado um nome diferente ´pros bichos. Sei lá, "devils", que fosse! Pelo menos pra diferenciar eles dos "outros" demônios. É demônio demais pra um cenário só...

Finalmente, temos ainda uma série de "coisas" que "sempre estiveram aí" e não aparecem nos livros posteriores (isto é, depois dessa trilogia e da próxima, Genesis of shannara), como os Feeders (coisinhas que se alimentam de dor e sofrimento e existem onde quer que hajam humanos) e as forças da Palavra (seus cavaleiros, a Lady of the Word [ou a Voz da Palavra] e as outras criaturas mágicas da palavra, como as tais Tatterdemalions).

Muita coisa "solta" pro meu gosto.

Apesar de ser uma "prequel" do cenário de shannara, definitivamente não indico a leitura (ou a "escutação") desses livros à ninguém.

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