segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

O Herege


E cheguei ao fim da saga de Thomas de Hookton em busca do Graal.

Diferente dos dois livros anteriores, O Herege se passa em um espaço de tempo/espaço muito curto. Apenas o inicio e o final do livro são passados em regiões/momentos distantes. O miolo do livro, a história em sí, se passa toda em uma pequena região da França onde, supostamente, o Graal esteve pela última vez em que foi visto. Creio que essa escolha de narração tão próxima, tão dia-a-dia que Cornwell escolheu para o terceiro livro, nos aproxima terrivelmente da mente de Thomas, de suas crenças e convicções. E digo terrivelmente porque ele é um maldito cristão, e a maior parte de suas dúvidas e medos são em relação ao deus da mitologia católica e sua (de Thomas, não do tal deus) relação com a igreja.

Além disso, depois de dois livros com batalhas épicas entre exércitos, que ocupavam páginas e mais páginas de descrições, neste aqui as batalhas são só pequenas escaramuças rápidas e brutais entre pequenos grupos de guardas, soldados, mercenários e bandidos de estrada.

No fim da leitura, fiquei com uma impressão de que cada um dos livros d'A Busca do Graal é uma obra completamente diferente das demais em termos de estilo e mesmo temática. Apesar de um protagonista em comum, a sensação de ler cada um dos livros é completamente diferente. Mas apesar disso, todos são bons livros, com boas histórias e narrativas competentes. Thomas me deixou com um certo amor pelo estilo de vida de arqueiro, e apesar dos personagens secundários não serem nem de longe tão carismáticos quanto aqueles d'As Crônicas Saxônicas, nem o cenário ser tão instigante e nem mesmo a busca do protagonista ser tão interessante, ainda assim a trilogia do Graal foi uma grata leitura.

Terei saudades de Thomas e Genevieve - adoro esse nome! - e até mesmo de Guy Vexille!

E que venham novos livros épicos e novos personagens marcantes de Bernard Cornwell!

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