Me enganei redondamente.
Depois de ler o primeiro capítulo eu sabia que tinha entrado em uma daquelas séries de livros de ficção no melhor estilo Perry Rhodan. Pesquisando, depois, descobri que era quase isso.
A série Espaçonave Orion - escrita pelos mesmos autores da série Perry Rhodan - chegou a ter 145 volumes publicados em alemão. Desses, doze foram publicados no Brasil pela Ediouro.
Basicamente, a história não tem nada de inovador. A tripulação da espaçonave Orion é a mais ousada e entrosada de todas e tem uma queda para a rebeldia.
A tripulação é formada pelo Capitão Cliff McLane, uma versão do Capitão Kirk da Entrerprise com poucas diferenças (mulherengo, passional e competente). Além dele, a tripulação é formada por Atan Shubashi, o astronavegador, Helga Legrelle, especialista em vigilância espacial - basicamente a moça do radar -, Mario de Monti, o segundo em comando e especialista em computação e Hasso Sigbjörnson, gênio da engenharia. A esse grupo se junta a oficial Tamara Jagellovsk, agente da segurança que é colocada na nave para se assegurar que a tripulação da Orion ande na linha. É a tipica garota-bonita-sem-noção-da-realidade que só fala bobagem e cujas idéias são sempre muito ruins, mas cujas ordens devem ser seguidas.
Não, a nave não conta com um médico!
A trama básica é simplista: A Orion é colocada sob vigilância depois de uma besteira durante uma missão bem-sucedida, e é colocada "de castigo" em um ponto de vigilância num setor espacial onde nada acontece. Mas, claro, alguma coisa acontece! A estação espacial MZ-4 não responde às tentativas de comunicação, e a tripulação vai investigar. Daí temos alienígenas hostis, atos heroicos e muitas confusões. Típico livrinho "sessão da tarde". Não fiquei nada interessado em ler o resto da série...
Em tempo: A série é da década de setenta - provavelmente tendo sido publicada até a década de oitenta - mas ainda assim eu considerei a leitura muito ruim. Muita 'linguagem técnica' pra não precisar explicar detalhes sem sentido, muitas idéias esquisitas - como a nave usar auto-propulsão gravitacional! que diabos é isso?! - e conclusões scooby-doo por todo o livro.
enfim!
Pode ser que essa série seja um cult e eu esteja sendo precipitado em julgar a série toda pelo primeiro número, mas definitivamente a leitura não me atraiu nem um pouco.