segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

The Colour of Magic & Light Fantastic


E então tomei vergonha na cara e decidi - antes tarde do que mais tarde - desbravar o Mundo Disco. Mundo do Disco? Discomundo? Discoterra...? Não tenho muita certeza de como traduziria o nome da série, pra ser honesto. 

Já tinha, como todo bom leitor de fantasia, ouvido falar sobre essa série, e já tinha uma vaga idéia do que se tratava. De fato, conhecia alguns dos personagens - como Cohen, o Bárbaro. E a Bagagem. Ah, a bagagem... 

Mas pra quem não conhece, vamos do começo - e pra quem conhece, sejam pacientes e leiam pra poder me corrigir caso eu tenha entendido alguma coisa errada (a melhor maneira de fazer alguém ler alguma coisa é pedir pras pessoas te corrigirem, porque daí elas vão querer inflar o próprio ego e pra isso vão prestar muita, muita atenção no texto. Isso é Miologia pra iniciantes, caso vocês precisem saber. Mas Miologia é um assunto pra outra hora). 

Onde eu estava? 


Ah, sim. Discoterra (me afeiçoei ao nome, vou adotar!)  consiste em um largo disco (completo com uma borda-do-mundo e consequentemente uma grande cachoeira circular) que descansa nas costas de quatro imensos elefantes que, por sua vez, estão sobre o casco do Grande A'Tuin , uma Chelys galacticaas (ou uma gigantesca tartaruga espacial, pros menos cultos entenderem...) que lentamente navega pelo infinito. 

Dramático, não é? 

Bom, é nesse cenário que encontramos o Mago Rincewind, cujas capacidades mágicas se resumem à uma única magia - uma das Oito Magias, é bem verdade, o que é consideravelmente notável - que ficou, de certa forma, presa em sua cabeça. E sendo esta magia particularmente prodigiosa, outras magias tem medo dela e se recusam à permanecer na memória de Rncewind. E como o próprio mago não tem ideia do que a magia é capaz de fazer, ele não tem qualquer intenção de dize-la. Então apesar de ser, para todos os efeitos, um mago, ele não é um bom mago, por qualquer definição da palavra. Mas Rincewind, por falta de capacidades mágicas, se tornou muito bom em lidar com pessoas. E graças à isso ele acaba se encontrando - ou, na verdade, sendo ejetado e rota de colisão - com Twoflowers, um autentico turista do Império Agateano. E este turista tem uma Bagagem. Ah, sim, ele tem uma Bagagem... Rincewind parte então em sua missão de mostrar ao Turista a grande cidade de Ankh-Morpork em toda sua fétida glória. 

Obviamente, eles se metem em diversas enrascadas e eventualmente acabam viajando muito além da cidade até (literalmente) a borda do mundo. 


Há, sim, outros livros da ´serie que retratam as desventuras de Rincewind - embora eu não esteja certo sobre TwoFlowers. Existe, inclusive, um organograma de leitura adequado a cada tema - incluindo indicações do próprio Pratchett de por onde começar a série, que eu vou adicionar aqui caso alguém queira ler os livros em uma ordem menos caótica. Eu decidi, no entanto, ler a série em ordem de publicação, dividindo as publicações em grupos por assunto. Assim, estes dois primeiros volumes da série foram sumarizados juntos sob o rótulo de Rncewind Novels e o terceiro volume, Equal Rites, será o primeiro sob o rótulo Witches Novel. 

Confuso, não? Sim, essa é a idéia! 

Bom, essa não foi a melhor das resenhas - de fato, eu sequer vou adicionar notas pra mim mesmo - porque, honestamente, estes dois volumes são bastante frenéticos e muita coisa acontece, e tentar sumarizar mais do que "Um mago, um turista e uma Bagagem vivem altas aventuras na Discoterra" daria mais trabalho do que eu posso me dar ao luxo de desempenhar no momento. Mas eu espero que seja de alguma ajuda. Talvez. Ou não. 

Enfim! 

São ótimos livros, e eu me diverti bastante ouvindo ambos - embora, honestamente, o segundo tenha me feito rir mais, talvez por eu ter me acostumado com a narrativa algo convulsa de Pratchett (que, admito, muito me agrada). 

Leitura fortemente recomendada! 

Post Scriptum 1: TwoFlower não tem literalmente quatro olhos como nas ilustrações de ambas as capas. Josh Kirby, o capista, interpretou erroneamente a passagem que que Pratchett descreve o turista como tendo "quatro olhos" de forma literal. O que, coincidentemente, foi o mesmo que acontece comigo! De fato, quando eu olhei as capas, eu pensei "Ah, é assim que são os quatro olhos do Twoflowers!" porque fiquei bastante confuso quando ele descreveu ele tendo quatro olhos da primeira vez.  

Post Scriptum 2: de forma semelhante, Pratchett descreve Twoflowers com uma "vestimenta espalhafatosa", e Kirby desenhou ele em ropas de bufão. Eu imaginei a exata mesma coisa. Acontece que o autor queria transmitir a idéia de que, na verdade, o turista tinha, exatamente, as características de um turista, incluindo uma camiseta com estampas havaianas. Imagens na rede me deixaram bastante confusos porque embora eu tenha imaginado Twoflowers de forma bastante semelhante à representação de Kirby, quando eu fui procurar por imagens dele na rede, me dei de cara com um turista bastante genérico. Que, na verdade, era exatamente a idéia que Pratchett tinha em mente com sua descrição. 

Rincewind, o mago, e Twoflowers, o turista. 
Espera! Tem um filme sobre os livros?!? 

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