terça-feira, 3 de novembro de 2015

Astronauta - Magnetar

Li essa edição em São Lourenço, na última visita que fiz à cidade, pra Südoktoberfest - que, lamentavelmente, teve só um dia, por conta das chuvas intensas. Uma pena. Gostaria, inclusive, de publicamente apoiar a idéia do Luciano Abel de transferir o evento pra fevereiro - inclusive, gostaria de sugerir que coincidisse com o Carnaval! Ia ser ótimo ter um lugar pra tomar shopp, comer rivelsbach e ver umas alemõas pedaçudas e no processo fugir da lamentável festa da mulata, caipirinha e DSTs. Tá lançada oficialmente a campanha Februarsüdoktoberfestkarneval!

Mas enfim, e a HQ?

Pois é, a HQ.

Achei bem ruim. Não gostei de absolutamente nada da edição. O "redesign" do Astronauta deixou ele genérico - ele basicamente perdeu totalmente o "modelo bola" do traje - que ficou menos arredondado do que um traje espacial real! Poxa, custava mesmo ter deixado ele mais arredondado? A história em sí é basicamente um Robison Crusoé no espaço, com um chatíssimo monólogo "não vou desistir, mesmo que eu fique doido!" Infelizmente, a história não permite que o leitor realmente sinta solidão - o "indicador de tempo" são basicamente duas páginas com nove quadros repetidos e reduzidos à metade numa tentativa de demonstrar quanto tempo se passou, mas a narrativa simplesmente não atinge o objetivo.

Finalmente, algumas coisinhas técnicas me incomodaram . A primeira delas é que o tal Magnetar do título tem características de um Pulsar. Ok, isso é coisa técnica de chato que lê muita ficção científica, mas pô, custava ter pesquisado um pouco mais...? O que realmente me incomodou é que, lá pelas quebradas da história, o tal Magnetar emite uma onda de energia - não lembro de que tipo, exatamente - e o Astronauta, em um momento de vida ou morte... Esquiva! De uma onda! De energia! Saltando pro lado! Sério isso, minha gente? O autor cria uma tensão, e eu fiquei imaginando que solução genial o Astronauta ia conseguir criar em segundos pra se proteger da onda de energia e daí ele... Pula pro lado. Ali o autor me perdeu.

Até cheguei a pegar a segunda HQ - Singularidade - pra ler, mas o troço já começa meio existencialista e não, não rolou.

Em tempo: Não lembro de ter lido nada do Astronauta. O que significa que não tenho nenhum apego emocional pelo personagem, mas também não tinha nenhum pré-conceito antes de ler a história. Estava esperando qualquer coisa. E realmente, "qualquer coisa" define essa HQ.

E não, não vou colocar o marcador ficção científica nessa resenha. Um personagem que esquiva de uma onda de energia não merece entrar nessa categoria - ficção, sim, científica, jamais!

Nenhum comentário:

Postar um comentário