segunda-feira, 31 de maio de 2010

Como nasce um canalha

Muito bem.

Tentei, realmente tentei encontrar um bom motivo pra este post. Mas sinceramente, não achei nenhum.

O problema é que eu preciso falar um pouco.
Na verdade, eu preciso conversar... Mas percebi que todos os meus amigos do peito, aqueles com quem eu realmente conversava, com quem eu podia me abrir, que me conheciam melhor do que eu gostaria algumas vezes, eles se foram. Eles se mudaram, se tornaram outras pessoas, casaram com pessoas que não são amigos meus tão próximos. Então, fiquei sem ter com quem conversar.
Daí, calhou desse blog aqui existir, então lá vou eu...
Não tenho nenhum assunto em pauta, na verdade. Eu queria desabafar um pouco, mas sabe, não posso... É engraçado. As coisas que eu realmente gostaria de dizer, discutir, essas coisas iam machucar outras pessoas. Provavelmente. Uma dessas pessoas inclusive, seria eu.
Ok, estou me sentindo meio emo...
Bom, foda-se!
Agora que refleti um pouco sobre os meus amigos... Me dei conta que todos eles mudaram de forma essencial. Eles não são mais aquelas pessoas com quem eu costumava conversar, porque se tornaram outras pessoas.
Será que o problema é esse? Será que eu fiqeui parado, estagnado, porque tenho conceitos muito sólidos sobre tudo?
Por outro lado... Se eu me deixasse levar, provavelmente ia ser um desses merdas cabeças-fracas que poe uma franja na frente da cara... ou não, sei lá. Não sou dessa geração.
Alias, nem sou de geração nenhuma....
minha geração, a geração que agora tem quase trinta ou trinta e poucos, não tem cara. Nós somos todos diferentes, sem marcas. Isso é um alívio, mas ao mesmo tempo, é uma droga... Eu quase me sinto como alguém sem identidade coltevia. Quase como se eu não fizesse parte da grande máquina social.
Agora, sabe o que é mais idiota? Não, não, deixa eu dizer: O mais idiota é que tudo o que eu sempre quiz foi fazer parte da máquina. Foi ter um emprego, namorar, casar, construir uma casa, ter filhos, ver eles se tornarem adolescentes, ficar com o cabelo branco, me aposentar e viver com a minha velha em algum lugar sereno e calmo.
É idiota, porque eu não foi capaz de fazer as coisas mais simples desse plano - que é essencialmente muito simples como um todo.
Acho que a merda toda começou quando eu não consegui entrar pro exército. Teria sido muito fácil ser um milico. Era o que eu queria, de coração, quando eu tinha dezoito. Eu me considero um sujeito que é bom em seguir ordens. Não sou dado à rebeldia. Mas.. não aconteceu. Sobrei, que ridículo!
daí eu fiquei sem chão. E pram inha desgraça, a única coisa que eu sabia fazer era desenhar - ainda é, infelizmente... E as poessoas começaram a apoiar o meu "dom". Que bela droga de dom.... Sou um maldito sujeito de 30 que mora com a mãe porque não consegue arranjar emprego. Não sou bom o suficiente pra competir com os bons desenhistas, nem tenho o ímpeto criativo dos grandes artistas. Mas, apesar disso, eu consigo um bico aqui, outro alí. Acho inclusive que "dessa vez vai", mesmo! Vou ser mais um desenhista meia-boca. E aí vem outra idiotice: Se isso funcionar, eu vou ficar satisfeito! Mesmo sendo só mais um meia-boca que tem um salário n fim do mês!
Isso vai resolver um dos meus problemas: Ter um emprego.
Daí só preciso arrumar todo o resto, que se resume, basicamente, a encontrar alguém que queira casar, ter filhos e envelhecer do meu lado.
Só que essa é a parte mais difícil... Sei lá, ninguém me aguenta muito tempo. A parte bizonha disso é que eu sempre me considerei alguém bom de conviver.
Sei lá qual o problema....
Será que eu não me achar o máximo é o problema? Ou ser feminista? Todo mundo diz que as mulheres preferem os canalhas. Putz, derrepente eu é que tou errado em querer ser um sujeito legal... A porcaria toda é o fato de eu não ter a menor inclinação à calhordice... E também acho ridículo ficar caçando em bar... O galho aí, é: Na verdade, nem sei como é que a gente conhece outras pessoas! Sou um universitário que já passou do prazo. Por outro lado, não vou ter colegas de trabalho mulheres, muito provavelmente, e mulheres RPGistas são mais escaças que jackrabbits...
Bom, também, toda vez que entro num relacionamento, quando ele acaba, eu me sinto pior que da última vez.
Pera, veio uma luz!
É isso!
A gente não pode é gostar da pessoa com quem a gente tá! Não de forma integral! Claro! Assim a gente não dá tanta bola se vai ou não terminar, e sem essa preocupação, com a falta de envolvimento - que basicamente vai fazer a gente procurar satisfação "na rua" - o relacionamento deve ir bem!
Caralho, é por isso que as mulheres preferem os canalhas!
Ok, acho que vou rever aquele conceito sobre caçar em bares!
Definiitivamente ter um blog me ajudou essa noite!

Ah, sim, deve ter um monte de erros de digitação/ortografia. Só lamento!

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