terça-feira, 14 de outubro de 2014

Turma da Mônica Laços



 Quando a turma da Mônica fez 50 anos, foram feitas uma série de edições especiais comemorativas. Algumas que me interessavam foram anunciadas - como a do Astronauta, do Piteco e do Papa-Capim. Acabei nunca me dando ao trabalho de procurar nenhuma delas. Turma da Mônica, afinal, não faz parte da minha infância. Eu lia Disney quando pequeno, e achava o quadrinho do pessoal que morava na rua do Limoeiro bem sem graça. Desenhos muito simplistas, roteiros curtos e bobos. As histórias da Disney eram mais complexas e pareciam bem trabalhadas. E até onde eu consigo lembrar, foram as primeiras coisas que eu li em inglês - a minha mãe fazia curso de inglês, e revistas da Disney na sua língua de origem eram relativamente fáceis de conseguir.

Também nunca me deparei com nenhuma edição especial da Turma da Mônica em bancas ou em livrarias, então minha curiosidade sobre essas edições de 50 anos nunca foi muito atiçada. Acabei esquecendo o fato delas existirem, pra ser sincero.

Só lembrei quando cheguei na casa de um amigo e ele me emprestou essa edição, escrita e desenhada pelos irmãos Lu e Vitor Cafaggi. Apesar de ele ter me dito pra levar um lenço, não achei tão emocionante assim. Provavelmente porque não tenho ligação sentimental com a criação do Maurício.

A edição em si é fantástica. Com um roteiro e um desenho primorosos, muito bem cuidados, trazem as características marcantes dos personagens com uma visão renovada, extremamente cuidadosa. É um trabalho perfeito.

O roteiro tem um ponto de partida simples, e um desenvolvimento direto e sem rodeios, mostrando a força da amizade da turma ao longo de todo o percurso da história. É de uma ingenuidade tão pura e simples que é impossível não adorar. A maioria das situações parecem bem próximas daquilo que se esperaria de uma historinha normal da turma, bem amarradas em um roteiro conciso, que tem como tema principal a amizade, que permeia toda a história. É fascinante.

Há, no entanto, algumas passagens estranhas. Fiquei sem entender o que o mendigo gordo que fala de druidismo e coisas bizarras faz na edição, e não entendi se aquilo era uma homenagem ou se era um tipo de crítica, e acabei frustrado pelo fato de não haverem novas aparições do personagem nem maiores explicações sobre o as coisas que ele diz, que acabam não fazendo sentido algum no fim das contas.
No geral, é uma ótima história, dessas que a gente lê pra maravilhar os olhos e aquecer o coração. Vale a leitura, sem medo. Mesmo para aqueles que não são fãs da Turma e preferiam os animais falantes da Disney.

2 comentários:

  1. A tempos quero ler esta edição, mas ainda não tive tempo de comprar, e quando me lembro estou sem dinheiro, enfim, mas eles fizeram parte da minha infância, assim como os animais falantes e felizes! ;)

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    1. Cara, se a leitura valeu a pena pra alguém de quem eles não fizeram parte da infância, só posso dar o mesmo conselho que me deram: leva um lenço! Hehe!

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