domingo, 6 de outubro de 2013

O Alquimista

Eu tenho uma memória muito, muito ruim. Esse foi um dos motivos que me fez criar esse blog - lembrar as tramas dos livros que eu já li, e apontar os motivos pelos quais eu gostei ou não delas. A maior parte dos livros que eu li há mais de dez anos se apagaram completamente da minha memória. Então, apesar de ter lido alguns livros do Paulo Coelho em anos passados, eu só lembro mesmo de dois deles: O Demônio e a Senhorita Prym e o Manual Do Guerreiro da Luz. O primeiro tem uma história interessante, e o segundo eu sabia que era uma obra renegada pelo autor. Considerando esses fatos, eu considerava Paulo Coelho um bom autor. O Demônio e a Senhorita Prym não é um livro fantástico e inacreditavelmente bem escrito, mas tem uma história consistente e funcional, e o Manual do Guerreiro da Luz é um daqueles livros que tu entende que foi escrito em um momento de amadurecimento literário de um autor - e muito provavelmente em uma época em que ele consumia doses cavalares de alguma substância psicotrópica!

Mas quando terminei de ler O Alquimista, minha noiva virou pra mim na cama e perguntou:
- E aí, o que tu achou?
Eu titubeei um pouco, mas acabei admitindo que, apesar de uma boa história, tinha muita moral católica e misticismo raso pra senhoras desocupadas, pra eu realmente gostar, ao que ela ajuntou - Mas o Paulo Coelho é católico! Os livros dele são assim!

E então eu pesquisei as sinopses dos livros, e descobri duas coisas: A primeira é que o cara escreve livros de auto-ajuda, e o segundo que O Alquimista é baseado em uma história das Mil e Uma Noites. Ou seja: O que eu gostei do livro provavelmente nem sequer saiu da imaginação do sujeito!

Agora vou procurar algum livro que tenha mais histórias das Mil e Uma Noites, e me contentar em me juntar ao coro dos que dizem que não faz sentido o Paulo Coelho ser um best seller.

Sem mais, deixo apenas aqui minha desilusão com Paulo Coelho e meus votos de que aqueles que leem esse blog nunca caiam na besteira de ler um livro do sujeito - exceto, talvez, O Demônio e a Senhorita Prym.

Pelo menos o livro era emprestado. Eu ia ficar bem chateado se, além de meu tempo, eu tivesse gastado dinheiro com esse livro... 

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