quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

The Eye of the World

E começando mais uma série de audiobooks, vamos pra Wheel of Time, de Robert Jordan!

Fiquei com curiosidade de ler essa série desde que o cenário ganhou um RPG, lá nos idos de 2001. A série tem 12 livros escritos por Robert Jordan, o autor original e criador do cenário, e mais uma trilogia que fecha a história, escrita por Brandon Sanderson. Jordan queria escrever todos os livros, mas, infelizmente, morreu em 2007, enquanto escrevia A Memory in Light - que ele pretendia que fosse o capítulo final da história. Mas como ele era diagnosticado com Amiloidose e sabia que havia um sério risco de morrer antes de terminar o livro, ele deixou instruções sobre o rumo da história e o final da saga. Sanderson recebeu a tarefa de terminar o livro, que, de acordo com ele, já estava muito grande e ficaria ainda maior, o que o levou à decisão de dividir a obra em três livros.

Fora essa trilogia escrita por Sanderson, consegui cópias de todos os outros 12 livros (os escritos por jordan, no caso) e dei início a leitura pelo primeiro livro escrito, The Eye of the World - só mais tarde, lendo sobre os livros, descobri que o último livro escrito por Jordan, New Spring, é anterior à trilogia original. Pena, eu preferia ter lido tudo em ordem cronológica. Mas depois deste livro, vou pra New Spring antes de continuar adiante na história.

Bom, mas isso tudo é a história por trás da história. Vamos falar do livro em sí.

Wheel of Time é, aparentemente, uma história clássica de Alta Fantasia (depois da experiência com His Dark Materials, eu provavelmente nunca mais vou ter certeza de categorizar uma série pelo primeiro livro...). Temos pelo menos duas raças além dos humanos, embora os humanos sejam extremamente diversos em termos culturais, o que fica bem óbvio nos livros (e torna o cenário bastante rico) e alguns monstros interessantes, particularmente porque a maioria das coisas-que-rastejam-nas-sombras nesse livro é formada por espíritos amaldiçoados. O cenário é classicamente pseudo-medieval, com uma sociedade bem mais avançada em termos sociais e tecnológicos em geral, como de costume em cenários pseudo-medievais, com tavernas, estalagens, profissionais liberais e coisinhas assim. A maior diferença entre o cenário criado por Jordan e qualquer outro que eu conheça é que, ao menos no reino de Andor, onde a maior parte desse primeiro livro se passa, a sociedade é basicamente matriarcal. E as "magas" do cenário são todas mulheres - homens capazes de canalizar o Poder ficam loucos e geralmente fazem grandes merdas, como mergulhar o mundo em guerras que duram 300 anos ou amaldiçoar cidades inteiras matando sua população toda e coisas assim.

Com relação à trama, temos, é claro, o Lorde-Negro-das-Trevas no livro, que tem nome mas, como eu toda sociedade supersticiosa "nãqo deve ser nomeado", mas ninguém sabe qual o plano maligno dele! O livro, na verdade, é basicamente um corra-por-suas-vidas, com os protagonistas sabendo porque o Lorde-Negro-Das-Trevas está atrás deles, mas sem saber porque! Premissa interessante e muito bem desenrolada ao longo do livro!

Por ser parte de uma troilogia, o livro deixa várias pontas soltas, que devem ser amarradas nos volumes posteriores, mas é extremamente divertido. E na verdade, todas as questões sem resposta me deixaram com vontade de ler os outros livros, ao invés de produzir qualquer espécie de frustração.

E são 12 livros. Logo depois de ter dito que não ia me enfiar numa empreitada semelhante à Shannara, com seus vinte e poucos livros, lá vou eu outra vez pra uma série com mais de uma dúzia de volumes...

Enfim!

Não posso dizer se a érie toda é boa, mas certamente esse primeiro livro vale a leitura!

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