Concluindo a trilogia original dos livros da série de Shannara, este foi meu terceiro audiobook - que, alias, tem sido uma experiência excelente!
Eu não cheguei a comentar antes, mas tanto este quanto os dois livros anteriores foram lidos pelo Scott Brik que, além de ser um excelente narrador (tendo ganho alguns prêmios nessa categoria) também é ator e escritor. Eu não conheço o sujeito de nome, mas parece que ele é bem famoso, pelo menos lá na terra do tio Sam.
Enfim!
Esse livro, como eu disse acima, encerra a trilogia de livros iniciada em Sword of Shannara, e acompanha mais um membro da família Ohmsfert em suas aventuras pra salvar o mundo.
Ah, deixa eu fazer o aviso amigo: Adiante, revelações sobre a trama! Poucas e leves, mas estão lá.
Apesar do segundo livro ser considerado o melhor dos três (o primeiro sendo visto por muitos como uma cópia deslavada de Senhor dos Anéis e o terceiro, por algum motivo, sendo simplesmente taxado como "um pouco inferior") eu devo dizer que, pessoalmente, achei esse livro o melhor eles, disparado. Brooks é excelente em criar personagens atraentes, e este livro tem os melhores personagens da série, na minha humilde opinião. Além disso, este livro tem uma maior quantidade de magia, incluindo protagonistas com poderes mágicos inatos - e extremamente originais!
Também gostei muito de como a história é levada. Todos os três livros tem várias sub-tramas e níveis de revelações diferentes, e apesar deste aqui ser bem mais direto do que os outros, a idéia de dois grupos separados tentando chegar no mesmo lugar, com um objetivo semelhante foi muito divertida!
Além disso, esse é o livro com a maior quantidade de "mortes por página" da trilogia, disparado! O que morre de personagem nesse livro é um troço impressionante! Temos algumas mortes heroicas, alguns sacrifícios, algumas mortes honradas e algumas realmente inesperadas. A sensação de "puta merda, ninguém vai sair vivo dessa!' foi bastante presente no livro, e no final, deu uma agonia a medida que eu fiquei torcendo pra esse ou aquele personagem não morrer.
Esse livro também é o menor dos três, e a leitura dele demorou cerca de 20 horas e meia - duas horas a menos do que o livro anterior e seis a menos do que o primeiro. É pena que eles não digam quantas páginas o livro tem no começo ou no final da narração. Seria um dado interessante.
Bom, como eu já disse, pra mim esse é o melhor dos três livros, e portanto leitura (ou "audição", como no meu caso" fortemente recomendada! Assim como os outros dois livros, esse não tem versão em português, mas considerando a série da MTV baseada no segundo livro, a probabilidade de termos uma tradução é bem grande! Tomara!
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016
AudioBooks
Como eu disse na resenha de Sword of Shannara, eu recentemente iniciei minha peregrinação pelo mundo dos audiobooks. Como eu disse na supracitada resenha, eu já tinha conhecimento da existência dos tais audiobooks, mas nunca tinha pensado em me aventurar neles - por nenhuma razão em especial; eu simplesmente nunca parei pra realmente pensar no assunto. Recentemente, no entanto, eu fiquei extremamente curioso com a série de livros de Terry Brooks sobre Shannara - eu já tinha ouvido falar sobre os livros, mas admito que foi a séria da MTV que me atiçou o suficiente pra ir atrás deles de fato.
Enquanto procurava a série baseada nos livros, acabei trupicando nos audiobooks. Considerando que eu não tenho nenhum desses aparelhinhos eletrônicos pra ler livros apropriadamente - e já tendo tentado sem sucesso ler livros longos no micro - decidi que seria uma experiência interessante tentar. Considerando o tempo que ia levar pra donaldear um desses livros de áudio, a tentativa era mais do que válida. O máximo que podia acontecer é eu não entender nada do áudio e simplesmente ter jogado alguns minutos fora.
Além disso, eu estou com uma montanha de trabalho atrasado, e não queria gastar horas a fio em leitura - é, eu gasto coisa de uma hora por dia lendo; esse tempo tem sido precioso pro trabalho.
Encontrei facilmente a série original dos livros de Shannara em versão de áudio lidas pelo Scott Brik, que é um narrador tão fantástico que já baixei outros livros que ele narrou - mas, por enquanto, sigo escutando a série de Shannara.
O ponto negativo dessa coisa toda é que eu acabei voltando à minha vida de pirataria, já que eu não tenho aparelho de k7 (sim, aparentemente todos os audiobooks são em fita k7! - e mesmo que tivesse, não tenho um cartão (nem dinheiro) pra mandar vir os audiobooks da gringolândia. Então, paciência, The Pirate Bay, aqui estou eu de volta...
Mas estou desviando do assunto!
O fato é que os tais audiobooks são fantásticos! Tenho ouvido uma média de um livro a cada três dias - tão rápido que nem tenho tempo de resenhar todos (estou resenhando eles em grupos, agora, ao invés de individualmente, como fiz com a trilogia original de Shannara).
O principal motivo pra isso é que eu consigo escutar os livros enquanto trabalho. Apesar de precisar de alguns minutos pra criar a idéia geral de uma ilustração, desenhar, arte-finalizar, escannear e colorizar são todos processos meio automáticos pra mim, então consigo prestar atenção nos livros com facilidade. Como cada "fita" tem mais ou menos 45 minutos de duração (o livro vem em vários arquivos de audio separados, um pra cada lado da fita) eu geralmente uso os intervalos entre colocar uma fita nova ou virar a anterior de lado (no sentido figurado, é claro) pra preparar ilustrações, e faço a parte mecânica toda durante a narração.
Pra além de me dar acesso à uma enormidade de novas histórias, os audiobooks, que já se tornaram parte da minha rotina, agora, criaram algumas interessantes reações no meu dia-a-dia. Primeiro, descobri que levo mais ou menos três horas pra fazer uma ilustração simples *um personagem sem fundo, desenhando, arte-finalizado e colorizado) coisa que eu não fazia idéia antes - e admito que estou curioso pra tentar ilustrações mais complexas, de página inteira, pra saber o tempo médio que vou levar! Além disso, as pausas entre um lado e outro da fita se tornaram uma espécie de "marcapasso" no meu trabalho. Enquanto a fita está rodando, eu não paro de trabalhar, e percebi que tenhoo uma tendência imensa a fazer pequenas pausas (pra fumar, fazer café, beliscar comida, esticar os músculos...) que eu "controlo" pra coincidirem com os intervalos das fintas - o que, provavelmente, melhorou bastante o meu rendimento. Além disso, descobri que sou um workaholic. Trabalho 12 horas por dia, em média, antes de cansar! Com pausas de, em média, 5 minutos a cada 45 minutos, pra "aleatoriedades", incluindo comer - minhas refeiçoes levam um pouco mais de tempo, em média 10 minuto, já que em geral eu preparo a comida pro dia inteiro de uma vez só, depois que paro de trabalhar.
Outra contribuição itneressante é que, como mestre de RPG, escutar essas narrações não deixa de ser um excelente exercício de extrapolação e de análise de onde e como narrativas de cenas e cenários funcionam ou não. Além disso, alguns hábitos narrativos de um ou outro narradores também são interessantes de perceber - particularmente como NÃO interpretar crianças e mulheres com voz fina quando o sujeito tem uma voz grave!
É claro, nem tudo são flores. Como um audiobook não tem páginas, não dá pra reler um paragrafo que ficou dúbio (o que, surpreendentemente, não acontece quase nunca; obrigado, Terry Brooks por uma escrita simples e direta!) o que me obriga as vezes a parar pra voltar um pedaço de gravação grande, já que em um tempo total de 45 minutos é complicado achar o ponto exato onde uma idéia começa a se perder. Além disso, como não há maiúsculas no áudio, as vezes uma idéia pode ser completamente mal interpretada; em um determinado momento do Elfstones of Shannara, enquanto o exército de elfos encontram o exército inimigo, no começo da manhã, há uma longa descrição do campo de batalha adiante, e ao final da descrição... Eles se preparam pra montar acampamento pra passar a noite! Acontee que eu interpretei mal uma palavra. A descrição é mais ou menos algo como "and then, ahead, they see the break line, towering over the horizon, extending as far as the eye can see" e continua com uma descrição dos arredores (ou, foi o que eu achei). Como o exército inimigo era virtualmente impossível de derrotar, considerando o seu número, eu interpretei que eles tinham chegado num ponto em que avistaram o imenso exército inimigo espalhado na planície a frente. Mas acontece que Breakline era o nome da cordilheira de montanhas que eles tinham que atravessar pra confrontar o e´xercito inimigo, e o resto da descrição era, na verdade, a região por ode eles ainda estavam viajando. Claro, esse tipo de coisa acontece pouco (duas vezes, até agora, em 7 livros) mas quando acontece é bastaaante confuso!
Enfim!
Estou começando agora a terceira série de livros de Shannara (depois da trilogia original de livros, resolvi começar a ler os eventos em ordem cronológica ao invés de seguir a ordem de publicação porque eu prefiro as coisas organizadas) e tem sido uma experiência realmente divertida! Espero conseguir um suprimento considerável de livros pra manter o hábito da "leitura em áudio", porque realmente tenho gostado muito. Recomendo que, aqueles com um bom ouvido pra inglês experimentem também (particularmente, sugiro que escutem alguma coisa narrada pelo Scott Briks; ele é realmente excelente!).
Dito isso tudo, vou voltar pro trabalho - e pro livro que estou ouvindo!
Enquanto procurava a série baseada nos livros, acabei trupicando nos audiobooks. Considerando que eu não tenho nenhum desses aparelhinhos eletrônicos pra ler livros apropriadamente - e já tendo tentado sem sucesso ler livros longos no micro - decidi que seria uma experiência interessante tentar. Considerando o tempo que ia levar pra donaldear um desses livros de áudio, a tentativa era mais do que válida. O máximo que podia acontecer é eu não entender nada do áudio e simplesmente ter jogado alguns minutos fora.
Além disso, eu estou com uma montanha de trabalho atrasado, e não queria gastar horas a fio em leitura - é, eu gasto coisa de uma hora por dia lendo; esse tempo tem sido precioso pro trabalho.
Encontrei facilmente a série original dos livros de Shannara em versão de áudio lidas pelo Scott Brik, que é um narrador tão fantástico que já baixei outros livros que ele narrou - mas, por enquanto, sigo escutando a série de Shannara.
O ponto negativo dessa coisa toda é que eu acabei voltando à minha vida de pirataria, já que eu não tenho aparelho de k7 (sim, aparentemente todos os audiobooks são em fita k7! - e mesmo que tivesse, não tenho um cartão (nem dinheiro) pra mandar vir os audiobooks da gringolândia. Então, paciência, The Pirate Bay, aqui estou eu de volta...
Mas estou desviando do assunto!
O fato é que os tais audiobooks são fantásticos! Tenho ouvido uma média de um livro a cada três dias - tão rápido que nem tenho tempo de resenhar todos (estou resenhando eles em grupos, agora, ao invés de individualmente, como fiz com a trilogia original de Shannara).
O principal motivo pra isso é que eu consigo escutar os livros enquanto trabalho. Apesar de precisar de alguns minutos pra criar a idéia geral de uma ilustração, desenhar, arte-finalizar, escannear e colorizar são todos processos meio automáticos pra mim, então consigo prestar atenção nos livros com facilidade. Como cada "fita" tem mais ou menos 45 minutos de duração (o livro vem em vários arquivos de audio separados, um pra cada lado da fita) eu geralmente uso os intervalos entre colocar uma fita nova ou virar a anterior de lado (no sentido figurado, é claro) pra preparar ilustrações, e faço a parte mecânica toda durante a narração.
Pra além de me dar acesso à uma enormidade de novas histórias, os audiobooks, que já se tornaram parte da minha rotina, agora, criaram algumas interessantes reações no meu dia-a-dia. Primeiro, descobri que levo mais ou menos três horas pra fazer uma ilustração simples *um personagem sem fundo, desenhando, arte-finalizado e colorizado) coisa que eu não fazia idéia antes - e admito que estou curioso pra tentar ilustrações mais complexas, de página inteira, pra saber o tempo médio que vou levar! Além disso, as pausas entre um lado e outro da fita se tornaram uma espécie de "marcapasso" no meu trabalho. Enquanto a fita está rodando, eu não paro de trabalhar, e percebi que tenhoo uma tendência imensa a fazer pequenas pausas (pra fumar, fazer café, beliscar comida, esticar os músculos...) que eu "controlo" pra coincidirem com os intervalos das fintas - o que, provavelmente, melhorou bastante o meu rendimento. Além disso, descobri que sou um workaholic. Trabalho 12 horas por dia, em média, antes de cansar! Com pausas de, em média, 5 minutos a cada 45 minutos, pra "aleatoriedades", incluindo comer - minhas refeiçoes levam um pouco mais de tempo, em média 10 minuto, já que em geral eu preparo a comida pro dia inteiro de uma vez só, depois que paro de trabalhar.
Outra contribuição itneressante é que, como mestre de RPG, escutar essas narrações não deixa de ser um excelente exercício de extrapolação e de análise de onde e como narrativas de cenas e cenários funcionam ou não. Além disso, alguns hábitos narrativos de um ou outro narradores também são interessantes de perceber - particularmente como NÃO interpretar crianças e mulheres com voz fina quando o sujeito tem uma voz grave!
É claro, nem tudo são flores. Como um audiobook não tem páginas, não dá pra reler um paragrafo que ficou dúbio (o que, surpreendentemente, não acontece quase nunca; obrigado, Terry Brooks por uma escrita simples e direta!) o que me obriga as vezes a parar pra voltar um pedaço de gravação grande, já que em um tempo total de 45 minutos é complicado achar o ponto exato onde uma idéia começa a se perder. Além disso, como não há maiúsculas no áudio, as vezes uma idéia pode ser completamente mal interpretada; em um determinado momento do Elfstones of Shannara, enquanto o exército de elfos encontram o exército inimigo, no começo da manhã, há uma longa descrição do campo de batalha adiante, e ao final da descrição... Eles se preparam pra montar acampamento pra passar a noite! Acontee que eu interpretei mal uma palavra. A descrição é mais ou menos algo como "and then, ahead, they see the break line, towering over the horizon, extending as far as the eye can see" e continua com uma descrição dos arredores (ou, foi o que eu achei). Como o exército inimigo era virtualmente impossível de derrotar, considerando o seu número, eu interpretei que eles tinham chegado num ponto em que avistaram o imenso exército inimigo espalhado na planície a frente. Mas acontece que Breakline era o nome da cordilheira de montanhas que eles tinham que atravessar pra confrontar o e´xercito inimigo, e o resto da descrição era, na verdade, a região por ode eles ainda estavam viajando. Claro, esse tipo de coisa acontece pouco (duas vezes, até agora, em 7 livros) mas quando acontece é bastaaante confuso!
Enfim!
Estou começando agora a terceira série de livros de Shannara (depois da trilogia original de livros, resolvi começar a ler os eventos em ordem cronológica ao invés de seguir a ordem de publicação porque eu prefiro as coisas organizadas) e tem sido uma experiência realmente divertida! Espero conseguir um suprimento considerável de livros pra manter o hábito da "leitura em áudio", porque realmente tenho gostado muito. Recomendo que, aqueles com um bom ouvido pra inglês experimentem também (particularmente, sugiro que escutem alguma coisa narrada pelo Scott Briks; ele é realmente excelente!).
Dito isso tudo, vou voltar pro trabalho - e pro livro que estou ouvindo!
Marcadores:
audiobook,
Scott Brik,
Shannara Series,
Terry Brooks
Assinar:
Postagens (Atom)