terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Os Frutos Dourados do Sol

Depois de ler F de Foguete, comprei esse livro junto com As Cônicas Marcianas, prevendo algumas horas de boa leitura. Adoro quando as previsões dão certo. Se bem que, como eu vim à descobrir, é impossível não passar boas horas na companhia de um Bradbury.

Assim como os outros três livros dele que li, Os Frutos Dourados do Sol é um livro de contos. Alguns, inclusive, publicados em F de Foguete e E de Espaço. Quase a metade deles, na verdade. Não que isso seja um problema, muito antes pelo contrário. Foi bom reler alguns dos contos, e certamente essa é a coletâneas mais heterogênea dele que li. Um excelente livro pra começar a ler Bradbury.

O excelente A Sirene no Nevoeiro abre o livro, com um tom de mistério e espanto, e os contos que o seguem são um desfile de vários estilos diferentes, como é comum aos livros de Bradbury. Futuros distópicos, slices of life, fantasia em doses homeopáticas, uma pitada de história e, claro, space opera.

Mais uma vez, é impossível pra mim eleger favoritos dentre os contos. Cada um, com suas singularidades, é uma obra completa e perfeita em sí próprio. As Frutas no Fundo da Fruteira foi interessantíssimo de ler, uma vez que eu já havia lido uma versão em quadrinhos da história - que, alias, não deixa nada à dever ao conto. O Lixeiro é uma dessas coisas que causa horror e fazem pensar sobre como as vezes as coisas acontecem, e o temor do futuro impessoal. Casa de força é uma história estranhamente envolvente sofre fios e instalações elétricas, morte e vida, amor e perda. O Bordado é um conto genial sobre repercussões e a importância que se dá à eventos, e Os Frutos Dourados do Sol é um conto que pode perfeitamente resumir o que é Space Opera.

Enfim, como vem acontecendo sistematicamente com todos os livros do Bradbury que li, considero esta uma excelente obra. Leitura fortemente recomendada!

Nenhum comentário:

Postar um comentário