Durante um desses dias sem eletricidade cá no Capão do Leão, graças aos vendavais que acometeram o litoral do estado nesses dias, acabei passando a mão em um livro rápido de ler. Comprei Os Irmãos Corsos em uma recente visita à Rio Grande, em que fui acompanhar uma amiga em sua garimpagens por LPs. Como honestamente não entendo nada de LPs e na ocasião o gosto musical da supracitada amiga me era desconhecido, fui pra parte de literatura do sebo que visitamos, e acabei comprando esse livro, mais pelo nome do autor do que por qualquer outro motivo.
Admito que não li muitos livros de Alexandre Dumas. Nada além de dois dos Romances de Dartagnan e O Cavaleiro da Casa Vermelha. A prosa não me atraiu muito no caso dos três livros anteriores, e achei que na verdade os livros se arrastam um pouco.
coisa absolutamente não acontece no caso d'Os Irmãos Corsos.
Depois de ler este livro, a curiosidade para ler alguns dos outros livros do autor - principalmente Conde de Montecristo e The Wolf Leader e The Knight of Sainte-Hermine (que acredito não terem tradução por português, infelizmente).
A história do livro gira em torno de um viajante que entra em contato com uma família da Córsega durante uma visita àquela ilha, constituída por uma viuva e um de seus filhos, cujo gêmeo mora em Paris. Mais tarde, de volta à França, Alexandre, o protagonista, se encontra com o gêmeo De Franchi que foi para o continente, e então, de um conto sobre os costumes e história da ilha que foi berço de Napoleão Bonaparte, o livro toma ares de suspense fantástico, com reviravoltas inesperadas na trama, sem deixar de perder a concisão em momento algum.
Além de ser uma interessantíssima história sobre os costumes corsos, ainda trás elementos do sobrenatural de modo soberbo. A leitura é rápida, e é impossível largar o livro - li a ora toda em um fim de tarde, sem ser capaz de parar a leitura em momento algum!
Ainda, o livro tem algumas questões intrigantes: o protagonista têm os mesmo primeiro nome, idade e profissão de Dumas, e a narrativa em primeira pessoa sido escrita pouco após seu retorno à Paris de uma viagem à Córsega, abre especulações de que se trataria de um romance autobiográfico. Obviamente, uma afirmativa muito mais razoável seria dizer que Dumas foi apresentado à uma série de lendas e histórias de fantasmas da Córsega durante sua estada ali, e essa inspiração lhe rendeu um livro que deve ter tido um tempo de fermentação muito breve.
Ainda, o livro tem algumas questões intrigantes: o protagonista têm os mesmo primeiro nome, idade e profissão de Dumas, e a narrativa em primeira pessoa sido escrita pouco após seu retorno à Paris de uma viagem à Córsega, abre especulações de que se trataria de um romance autobiográfico. Obviamente, uma afirmativa muito mais razoável seria dizer que Dumas foi apresentado à uma série de lendas e histórias de fantasmas da Córsega durante sua estada ali, e essa inspiração lhe rendeu um livro que deve ter tido um tempo de fermentação muito breve.
Definitivamente, uma agradável surpresa que me foi concedida, esse pequeno livrinho! Recomendo absolutamente a sua leitura a todos aqueles que conseguirem colocar as mãos em uma cópia!
Em tempo: Como não achei a capa da edição que comprei - de 1961... - adicionei essa imagem que veio de uma edição da Abril de 1973, e cujo ilustrador infelizmente não pude precisar. A imagem é definitivamente uma das mais poderosas do livro!