domingo, 30 de junho de 2013

As Crônicas Marcianas


Quando comprei esse livro, tinha certeza absoluta que estava adquirindo a obra em que foi baseado o filme John Carter of Mars. Bem, eu estava muito errado, como alguns devem saber.

John Carter é, na verdade, personagem das Crônicas de Barsoom, escrita por  Edgar Rice Burroughs
. Erro meu, fazer o que? Todo mundo erra (feio) volta e meia.

Mas tendo lido Ray Bradbury, eu sabia que não iria me decepcionar com o que encontrasse dentro do livro de qualquer forma.

E nisso eu estava absolutamente certo!

O que temos aqui é o que o próprio Bradbury chamou de "primo bastardo de uma novela", em uma série de 26 contos mais ou menos interligados sobre a chegada dos primeiros colonizadores à Marte. De fato, todos os contos falam sobre os primeiros exploradores de Marte e a subsequente colonização do planeta. Apesar de ser uma estrutura narrativa baseada nesse elemento comum, muitos dos contos não parecem fazer muito sentido dentro da narrativa - e alguns são até um tanto contraditórios. Possivelmente por ser uma coletânea de contos de ficção que tratam sobre o assunto escritos entre 1946 e 1951. A própria aparência dos habitantes de Marte varia a cada vez que eles são mencionados. Mas apesar dessas aparentes discrepâncias de narrativa, o livro é excelente como um todo - tanto se lido como um livro de contos isolados quanto como uma espécie de novela. Há alguns contos bastante dramáticos no livro, enquanto outros são histórias que se pode considerar como típicas de um pulp e até algumas histórias de humor. E essa variedade de estilos narrativos é justamente onde se encontra o encantamento da obra - como em F de Foguete, aliás; é impossível saber onde o próximo conto vai nos levar antes de começar a ler. 


Também como F de Foguete, eu recomendo sem hesitar a leitura desse excelente livro de ficção científica de Bradbury - que vem ganhando minha admiração à medida que leio suas obras e sua biografia. 

Não creio que tenha perdido alguma coisa ao ler As Crônicas Marcianas e não as Crônicas de Barsoom - apesar de ainda ter intenção de ler este último - e sinseramente espero poder ler ainda muitas outras obras de Bradbury. 

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Macaco Asteca Gigante

Uma HQ antiga, parida em um sextão com o pessoal do extinto Estúdio 9 - um dia falo sobre isso por aqui. Na época faziamos uma espécie de jam de HQ: cada participante escolhia um personagem, um sentimento, um local e um tempo e escrevia em papeizinhos que eram sorteados aleatoriamente entre osjammers. Com cada categoria em mãos, criava-se uma história em até quatro páginas, que em seguida era desenhada por outro participante e finalmente arte-finalizada por um terceiro. Rendeu noites inspiradas - e parece que o Fábio Ochôa está instituindo a atividade lá pros lados da capital, atualmente!

Eu saquei Macaco Asteca Gigante como personagem, Tibet como local, eleição do Evo Morales como tempo e Solidão como sentimento. Saiu esse roteiro, eximiamente desenhado - e posteriormente arte-finalizado - pelo supracitado Fábio Ochôa.

Uma pequena nota adicional: Como o Fábio tinha uma certa vergonha do meu nome, acabou usando solamente meu sobrenome do meio - Niemeyer - e não o Gay. Sempre achei engraçado isso, mas nunca me importei de fato. É mais uma curiosidade, mesmo.

Espero que aproveitem a leitura!

Sem mais delongas, a HQ!